MSN. Um dos fakes do qual tenho. Estava por lá. Deixo-os ligados enquanto faço alguma coisa no PC. O que vier é lucro. Ou não.
Mas sairam palavras interessantes minhas. Afinal, o blog é centrado em mim, obviamente, o foco teria que ser eu, não?
Feliz isso então.
Por questões de faux-ética, o usuário do qual conversei será identificado como 'viado' - porque de fato, ele é um viado.
[...]
viado: vc tem muitos amigos?
rot: pra mim, é desnecessário ter vínculos
viado : porq? é bom.
rot: não me é relevante. logo, não vou correr atrás de algo que não me irá acrescentar
viado: vc só faz coisas relevantes?
rot: óbvio.
aquilo que me acrescenta algo, ou do qual saio ganhando alguma coisa. não existe 'despretensão' ou altruismo. é ingenuidade achar que sim. interesse é o que move esse lugar chamado Terra.
viado: nem tudo se faz por interesse.
rot: tudo se faz por interesse
[...]
viado: cmo vc se diverte?
rot: à custa dos outros lol
Falando sério, maioria das vezes, individualmente - lendo, jogando algo, dormindo, escrevendo; saindo e/ou perambulando por algum lugar
viado: não se diverte com outras pessoas? sem ser sexo?
rot: e sim, à custa delas; não necessariamente que elas estejam se divertindo junto.
viado: não sei, me diz; vc podia tentar as vezes, se divertir junto com as pessoas. é bom, tenta.
[minutos se passam em lenga-lenga em torno disso - emocionante]
rot: Viu como é útil discutir isso
Mudou a nossa vida
viado: tá, então fale de algo que mude minha vida.
ou a sua
já que parece ser tão egoísta(?)
rot: Como define 'egoísta'?
viado: bom, se divertir 'as custas' das pessoas é egoísta e fazer coisas q só interessam a você é egoista, talvez esteja enganado.
rot: Sou egoísta psicológico - se quiser dê uma pesquisada e divirta-se. Pra que pensar em terceiros? Não pagam minhas contas kthxbbye
E uma pessoa só é usada, quando ela se permite a isso. Simples assim.
[...]
rot: Eu não vejo pessoas. Honestamente falando, de maneira bem fria e calculista, eu vejo tudo e todos como 'usos' disponíveis. Pode ser uma troca, ou algo one-sided
viado: vc é sempre frio e calculista ou só as vezes?
rot: Maior parte do tempo. Considero emoção uma fraqueza, porque ninguém faz uso racional da mesma sem ficar insano e vulnerável.
viado: ninguém controla totalmente as emoções
rot: way to go. dá um autógrafo?
Ninguém TENTA controlar as emoções.
Existe uma consciência-coletiva de que ela é necessária e imprescindível pra que a humanidade não perca seus valores 'humano' - o que diferencia um homem de uma máquina? Vão dizer: emoções.
Mas a máquina também trabalha mais eficiente que o homem, se programada de acordo. E fim.
Compartilhar o mesmo meio que os homens é uma desgraça, de certa forma - e as máquinas são mais incompletas ainda, por não possuirem racionalidade - são apenas objetos a serem usados.
Mas o que torna o homem mais deprimente ainda é que mesmo com razão e emoção, eles não são diferentes de máquinas - são objetos a serem utilizados também.
viado: vc se considera utilizado?
rot: Não me permito. Só é usado quem quer.
A fraqueza dos homens projecionam uma necessidade de 'servir', pra dar um objetivo em cada vida dessas pessoas que não possuem um direcionamento específico.
viado: vc não tem emoções pq não quer servir então? ou só pq asha irrelevante?
rot: Não me acrescenta, me deixa vulnerável - a maior verdade é essa, você se expôe muito a troco de nada, de coisas incertas do qual não dependem de você pra qualquer tipo de resultado a curto e longo prazo. Mas falando sério, não ter emoções é radical demais. A maior prova disso é que eu sinto raiva e nojo dessa escória chamada humanidade.
Eu sirvo a mim mesmo. E é a melhor coisa que eu possa fazer pra mim, principalmente.
Se cada um o fizesse, as pessoas seriam menos inseguras e com mais propósitos de melhorias a si próprias - consequentemente, atingindo um meio coletivo.
As pessoas em gerão são usadas - e esse é o grande trunfo que rola aqui na Terra. Líderes mundiais, suas potências - tudo lacrado à sete chaves - manter a ignorância nas pessoas é o principal controle pra que estas não descubram uma capacidade dentro de si de se destoarem de um coletivo fraco e insosso - genérico, ignóbil e controlado.
Com certeza o mundo seria mais feliz numa utopia dessas, mas não é de interesse de quem controla um bando de macacos, perder a obediência deles, não?
[...]
Post-Sciptum:
Há um bom tempo desde quando houve essa conversa; com o que venho colocar aqui agora. Tanto tempo; que nem me lembro de detalhes da pessoa.
Sequer me lembro porque conversei com ela; visto que, pelo meu timbre, eu não estava com um humor um tanto amigável.
Mas preservo o texto; sem qualquer alteração, por puro valor literário - mesmo que meu raciocínio de hoje seja levemente diferente, essa conversa me surpreende e sempre me faz pensar - o que é algo bom.
Vínculos não são de todo ruim. Aprendi isso, felizmente.
O que há de ruim em vínculos são se eles são sustentados em qualquer outra coisa que não seja amizade, respeito, cultivo e amor - quatro elementos fundamentais para o sucesso de qualquer relação.
O quinto elemento seria a conversa - mas é algo óbvio e interente também.
Vínculo é algo delicado; porque não depende apenas de você. Independente, sempre faça a sua parte - porque o seu vínculo com a sua consciência e livre-arbítrio, esse sim, só depende de ti.